A maldição de Arbon. Parte 10


XIII.
Junto com a aurora que incidiu avermelhada sobre o templo, surgiram, à porta, três pessoas, dois adultos e um menino, todos da raça dos homens. Um dos adultos tinha a mão esquerda envolta em faixas e com manchas de sangue. Esse tinha o olhar mais severo. Seu companheiro os encarava apenas com surpresa assim como o menino.
 — Quem são vocês e o que fazem aqui? — disparou rispidamente o homem da mão ferida.
— Este templo é um local privado? — perguntou Irkan com cautela.
— Bom... — o homem tossiu limpando a garganta. — Não. — prosseguiu — Mas é costumeiramente usado pelos sacerdotes e pelas crianças consagradas.
— Então felizmente não cometemos nenhum delito. — tornou Irkan fazendo uma ligeira reverência com a cabeça e mantendo o tom amistoso. — E não temos porque desculpar-nos por virmos conhecer o esplendor dos Kamms de Arbon. — falou movendo os braços e estampando uma expressão de profunda admiração.
O homem encarou o elfo com os olhos apertados. Enquanto falavam, o garotinho se esgueirou para o interior da construção. Macus notou o movimento, mas não teve como impedi-lo e logo todos o ouviram dizer:
— Lissa! — o menino estava do lado dela e a olhava — Lissa? — chamou outra vez dado que ela não lhe respondia.
— Lissa? — ecoou confusa a voz do homem ríspido.


Continua...

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