"Autorioba", uma historinha
Caros arcairianos,
abro uma pequena janela nas terras de Arcaires para apresentar um singelo continho sobre a vida pregressa da autora ;) A história é verídica, mas foi fantasiada, um pouco porque a memória é falha e um pouco porque, às vezes, a ficção supera a realidade... Espero que curtam essa pausa. E peço que aguardem, pois Os três grandes roubos de Camaleão vêm aí!
O conto
Há muito tempo, numa terra muito, muito diferente, uma menininha tímida de 8 para 9 anos ouviu a grande notícia de uma professora: a escola iria realizar uma feira de livros e os autores seriam os próprios alunos!
O fascinante acontecimento foi revelado enquanto a turma participava de uma aula na pequena biblioteca onde os alunos se sentavam nas mesinhas redondas de cadeirinhas baixas ao lado de quatro ou cinco coleguinhas. Lá tinha cheiro de papel feito de magia e se ouvia histórias, se lia livros e se rabiscava sonhos...
Foram várias classes para se colocar o projeto em prática e a menininha tímida se engajou. Escreveu, desenhou, corrigiu... E criou as suas pequenas-grandes obras. Mais de uma sim, afinal, sempre fora exagerada. Um dia, a professora passou novas instruções. Para finalizar os trabalhinhos, era preciso escrever o “autorioba”. A menininha não entendeu, mas não perguntou. Chegou em casa e correu a pedir ajuda da mãe. Mas ela também não sabia o que era aquilo. Esse bicho mordia? Nunca ouvira falar... E foram ao dicionário. O pai dos burros deveria saber! Não. Nem ele e nem o pai da menininha sabiam... Tampouco o irmãozinho... E ficaram com aquela dúvida cruel.
Então, chegou um dia em que a professora pediu que as crianças levassem uma foto. Um belo livro tinha que ter uma boa foto do autor. E todos deveriam escrever um pouquinho sobre si mesmos, revelar uma parte da sua alma para que os leitores os conhecessem. E finalmente a menininha entendeu a tarefa. E, para realizá-la, deu o seu melhor.
Os trabalhinhos foram caprichosamente encadernados e expostos e a feira foi um sucesso.
Embora outros “autorioba” tenham sido escritos ao longo dos anos, nem tantas coisas mudaram desde aquele tempo, afinal. O irmãozinho até hoje ri da menininha quando se fala em “autorioba” e a piada familiar se perpetua. O sonho das palavras ainda reina absoluto na morada que a menininha tem no coração da moça. E ambas sonham ao pensar na ideia de colocar não só um nome como um rosto e um passado na capa de um livro...
E todo fim é um começo de algo...
Que historinha e fotos mais lindas! Torço com todo coração para que a menininha que mora no coração da moça ainda escreva muitos "autoriobas" ainda, e cada um mais rico que o anterior. A autora merece todo o sucesso!
ResponderExcluirObrigada pelo seu carinho e pelos votos, caro leitor! Muito sucesso para você também! Abraços
ExcluirCaros leitores, foi preciso remover as fotos. Mas a história não perdeu sua magia. ;)
ResponderExcluirUma pena a retirada das fotos, estavam tão legais. Mas de fato, a história não perde a sua magia!
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